quinta-feira, 26 de abril de 2012
Cheque!
Lamente Rainha de sucatas
pendida perpendicular
em trono de luxo
do lixo de tudo que já corrompeu
Vagueie por terras
brancas e sombrias
profunda em desgosto
acolá onde a luz não toca
de forma alguma
Mas que ajeite vossa realeza
em forma torta de coroa
seu ego condensado em cetro
No centro seus domínios
rios
risos
uma pitada de servos
é tudo cenário
E comande tropas de fachadas
fechadas em quatro vértices
com vórtices eminentes de uma batalha
entre o tu e tu mesmo
Devore o fútil e o opaco
são troféus quebrados
juntos jazem sem valor
expandido um reino de vácuo
Eram eles
cavalos mansos
torres sem alicerces
bispos hereges
que clamaram por um Deus
e fingiu não escutar
Lamente Rainha de sucatas
que não pode ultrajar seu rei
agora convexa em flechas
pronta para o arrebate final
Descanse em paz
dama traída
é tarde demais
Cheque
Mate!-a
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